Publicidade no cinema

A entrada da publicidade na era digital e 3D está a permitir às empresas concessionárias de publicidade em cinema oferecer produtos mais atractivos aos anunciantes.

O crescimento do investimento publicitário no cinema estagnou. Após um 2007 com um crescimento da ordem dos 50 por cento em relação 14,5 milhões de euros investidos em 2006, os valores canalizados para este meio registram uma variação negativa de 0,1 por cento entre Janeiro e Outubro deste ano, face aos 17,1 milhões de euros apresentados no período homólogo do ano anterior. Uma variação reflectida nos resultados do maior operador publicidade em Portugal, a Screenvision que, apesar de não adiantar os valores de facturação entre Janeiro e Outubro de 2008, refere que aqueles ficaram “em linha com o ano passado”. “Acaba por ser um resultado bastante positivo, tendo em conta o cenário que o mercado publicitário atravessa, com a constante contenção de budgets por parte dos anunciantes”, refere Catarina Bastos, directora-geral da empresa. Já Ana Paula Costa, directora da + Cinema, que em 2007 disse ter registado um crescimento entre um e dois por cento, aponta, para 2008, proveitos em linha com os apresentados no ano anterior.

Esta estagnação veio contrariar a tendência de forte incremento do meio na captação de receitas publicitárias nos últimos anos. Um crescimento a que não será alheio o desejo das marcas entrarem em contacto com os jovens. Afinal, os dados da Marktest trabalhados pela Mediaedge:cia, mostram-nos que 70 por cento dos espectadores são abrangidos pela faixa etária que vai dos 15 aos 34 anos. Um “target que dificilmente pode ser impactado com a utilização de outros meios”, garante a responsável da Screenvision.

A estreia de filmes como Mamma Mia!, Indiana Jones, O Sexo e a Cidade, Kung Fu Panda, Batman ou James Bond é sinónimo de grande afluência do público às bilheteiras. Este aspecto, conjugado com a afinidade de determinada marca com o potencial público de uma película, é o que conduz os anunciantes a apostarem no meio. Mas não só. A ida ao cinema não é apenas ver um filme. É mais do que isso. A ambiência existente na maioria das salas permite aos investidores oferecerem uma experiência de marca junto do público que, em regra, domina a audiência do meio: os jovens. “Os anunciantes habituais de cinema não vivem apenas em função das estreias de filmes. Procuram o cinema pelo valor acrescentado que este lhes poderá trazer na comunicação das suas marcas”, diz Catarina Bastos. É por isso que também as concessionárias de publicidade em cinema estão a acompanhar a tendência de envolvimento das marcas com os consumidores. Mais. A publicidade está alinhada com a evolução do cinema para o digital e para o formato 3D. Para Catarina Bastos, as vantagens são óbvias: “Para além de uma maior qualidade de exibição permite uma maior flexibilidade da programação, bem como irá minimizar custos de produção para cinema. O digital 3D permite ainda aos anunciantes uma comunicação diferenciadora, com um impacto único criando uma envolvência com os espectadores, impossível de reproduzir noutros meios”.

O investimento publicitário no Cinema ultrapassou em 2003 os 9 milhões e 900 mil euros, de acordo com os dados da MediaMonitor.

O cinema absorveu em 2003 investimentos publicitários na ordem dos 9,9 milhões de euros, a preços de tabela. Este valor representa cerca de 0.4% do bolo publicitário, segundo os dados da MediaMonitor disponíveis no Anuário de Media e Publicidade 2003.

Analisando o investimento realizado por complexos de cinema, verifica-se que os 5 primeiros complexos totalizaram, em volume de investimento, 39% do total. No conjunto, Colombo, Arrábida, El Corte Inglés, Forum Almada e Norte Shopping atraíram perto de 3,9 milhões de euros em publicidade.

Desde o início do ano de 2003 o investimento assumiu uma evolução crescente atingindo o seu primeiro valor máximo em Maio, com um investimento que ultrapassou 1 milhão e 300 mil euros. Em Junho, o investimento desceu para perto de metade, continuando no sentido descendente até nova retoma a partir de Setembro, atingindo o valor máximo de investimento em Dezembro (com mais de 1 milhão de 500 mil euros investidos em publicidade neste meio).

No que respeita ao investimento realizado por sectores de actividade, o sector das bebidas surge destacado, com 2,2 milhões de euros, representando 22.6% do investimento realizado no meio. O segundo sector com mais investimento é o dos Serviços e Equipamentos de Comunicação, seguido do de Higiene Pessoal, ambos ultrapassando o valor de um milhão de euros. Estes três sectores representam 47.5% do investimento total do meio.

O cinema é um espaço de lazer e entretenimento onde o espectador é envolvido pelas histórias dos filmes e pelo ambiente de atenção e conforto. O resultado é uma experiência prazerosa e enriquecedora, que agrada pessoas de todas as idades.

Muitas empresas encontram na mídia cinema a melhor forma de se relacionar com seus clientes. A determinação da sala e do perfil do filme em que o anunciante vai veicular a mídia garantem uma segmentação afinada com os interesses da empresa, contribuindo para a adequação da mensagem.

Vantagens

  • Possui grau de dispersão muito baixo
  • O público de cinema possui elevado nível cultural e alto poder aquisitivo
  • A mídia cinema propicia um contato próximo com o espectador
  • Alta segmentação do público
  • A atenção e receptividade do espectador ao que se passa na telona gera um alto índice de recall, garantindo o impacto da ação
  • Excelente qualidade de som e imagem

Publicado em 14/04/2012, em Cinema, Geral. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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